segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sobre mim...


Nos últimos dias tenho estado um pouco estranha. Não sinto os dias passarem.
Sabe? Deixo os pequenos momentos, os grandes acho que também, passarem imperceptíveis. Como se fossem coisas microscópicas, talvez...
Não sei direito o que é isso. É como se alguém tivesse me colocado no modo “standby”, e o pior é que eu deixei, tenho consciência disso e não faço nada pra impedir.
O mundo pode acabar e eu aqui, sem ao menos piscar. Tenho a percepção das coisas acontecendo, tenho reações, mais cinco segundos depois esqueço tudo, não sinto a sensação no momento, não sinto sorriso ou a tristeza por muito tempo, pelo menos não a minha.
Sempre soube desse meu lado “estranho”, já fui “desligada” outras vezes, mas dessa me deu vontade de falar sobre o assunto. Há pouco tempo descobri que sou uma pessoa SENSITIVA. Sensitivo é aquela pessoa que é como uma esponja, capta a energia dos outros, se alguém esta feliz você automaticamente fica feliz, se for ao contrario também.
Não gosto de ir a festas, pois quando volto sinto uma tonelada sobre de mim. Odeio muita gente reunida; (vou falar mais sobre sensitivo futuramente) nos últimos dias eu tenho sentido as pessoas, mais só por segundos, outras vezes minutos, é como se tivesse vivendo as sensações deles, não as minhas.
Talvez, isso é que tenha provocado esse meu “desligamento”. Preciso fazer algo urgente! Esse meu pensamento fulgaz e evadido esta me matando! Tenho apenas existido nos últimos dias, eu quero mais que isso: QUERO VIVER!
Quero voltar a me ligar nos pequenos momentos, no riso tímido de uma criança, em cachorro fofinho que passa na rua, nas broncas da minha mãe, nas flores desabrochando, num bando de pássaros lá longe, no céu azul com nuvens que parecem carneirinhos, na lua cheia, no nascer do sol, no orvalho da manha, nos galhos balançando com o vento, enfim, em tudo que tenho feito-me indiferente, quero colocar em pratica o que dizem canções: Sentir as pequenas coisas, os pequenos momentos e como diz uma que conheço do Nx Zero “às vezes as coisas mais simples são as mais difíceis de ver, são as mais difíceis de entender”.
Quero receber um: ”Alô Terra chamando Jana!”, ou um choque elétrico, talvez uma respiração boca a boca da vida, um estalar de dedos, um puxão no braço, ou quem sabe apenas sentir a luz do sol que passa por entre as frestas da cortina e ouvir um pardal próximo a minha janela baste. Só resta a mim permitir isso.

# J.G

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Só não valem palavrões ok?!