Sentada na velha cadeira de balanço, empoeirada até, estava ela com seu vestido azul desbotado. Os olhos parados, olhando o horizonte, o vazio. O vento gelado bagunçava os cabelos castanhos, dando a ela um ar triste e desleixado. Quase não havia barulho, tudo que se ouvia era o som do vento de quando em quando bater nos galhos da palmeira que ficava logo perto. Respirar parecia difícil, as vezes era preciso obrigar os pulmões a trabalhar, porque era como se ela se esquecesse dessa tarefa tão normal, a qual todos estão habituados. O medo que ela escondia no coração transparecia no olhar parado, nos olhos avermelhados. O que estava dentro dela era só mais uma emoção, só mais uma decepção, uma desilusão. Retratos guardados na memória, era como se estivessem colocado-a em modo “standby”, parecia viver sem alegria, sem emoção. Olhou para a caneca de café que segurava que de fumegante já tinha passado a gelado. Percebeu que já havia mais de 1 hora que estava ali parada, esqueceu-se de tudo. Esqueceu até de que estava viva, de que tinha louça para lavar e tantas outras coisas à fazer. Levantou e andou ate a cozinha, lembrou que a vida é essa. Que essa é a beleza da existência humana, do contrario não passaríamos de maquinas estragadas, mal configuradas e imprestáveis. A natureza humana, essa que nos faz perceber a tristeza e as alegrias, mas que variam de pessoa pra pessoa, por causa da sorte e das experiências vividas. A natureza humana, o que nos faz diferentes. O que nos faz imperfeitos, mas que simboliza a beleza da vida.
varia do modo que cada um ve a vida também , do modo que cada um a interpreta , e do modo que cada um age com as "experiencias".
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(: Sim. Também, mas o modo como elas veem a vida é como um espelho que reflete as experiencias, o que elas já viveram, ou viram. Obgada pelo comentario é sempre bom ver que existem opinioes diferentes, e que entendem o que tento passar atraves de meus textos. *--*
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