segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A maçã que apodrecia #2


Sentiu-se estranha, teve medo de si própria. Estava ficando louca? Na verdade era seu eu - interior que havia despertado para abrir-lhe os olhos. Despertá-la do pesadelo que sua vida vazia havia se tornado. Quando deu-se por si, uma lágrima caía sobre seu rosto. Levantou-se e foi andando rápido, como quem quisesse correr, como se quisesse fugir de algo. Na realidade ela queria. Fugir de tudo aquilo, daquele vazio, daquela solidão, daqueles SONHOS EMPOEIRADOS...
Foi até o jardim, que estava feio. Flores secas, o mato crescia em volta de tudo por ali. Ficou observando os pássaros e isso a alegrou. Decidiu então que iria cuidar do jardim, das flores, para que mais passarinhos viessem fazer a sua alegria. Ela podia ser sofrida e sentir-se vazia, mais aquilo tudo fez Sônia, esse era o nome dela, ver que o mais importante ela não tinha perdido: A capacidade de perceber os detalhes fazê-los valer um sorriso, por menor que fosse.
Então, a partir daí ela dedicou um pouco de seu tempo ao jardim. Saiu para comprar mudas e sementes de flores. Preparou a terra, tirou os matos que ali cresciam.


Continua...

#J.G


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